quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Eu cresci...

Percebia que eu cresci... E isso aos 35 anos...Enfim, me tornei adulta!! rsrsrsrs
Pode parecer idiota, mas um dia de alguma forma você também vai se ver adulto, mudado completamente, entendendo como a vida funciona. Isso talvez te assuste, ou te encante, ou te desespere ou te traga paz, comigo foi um misto disso tudo.
Aos 35??? É a ficha aqui demora pra cair! E como entendi? 

Lembrando que falei que poderia ser de uma forma idiota?? Porém, para mim foi magico, porque aconteceu comigo, neh? Mas, talvez vocês achem um pouco bobinho, romântico, patético e que eu esteja forçando poesia, dane se, porque eu não ligo foi meu momento e é da minha historia que estou falando.

Pois bem, num dia normal, porque nunca tem como ser diferente... Momentos especiais sempre estão espalhados nos dias mais normais. Ao sair do meu trabalho ouvindo Something New (musica perfeita), vi um passarinho petiscando uma lagarta, era seu almoço, ela se debatia, acho mesmo que se contorcia, porque era assim que ela tentava lutar em seus últimos minutos, era uma guerreira, não se entregou fácil ao seu algoz. Achei imensamente interessante, pensei em salva-la, mas ao invés disso, puxei meu celular porque queria clicar a natureza na sua ordem natural... E ai estava eu, uma adulta!


Não tentei salvar a vitima, não a via nem como vitima na real, a vi como parte de um contexto de ordem natural. Deixei de ser a garotinha que defendia animais indefesos de seus predadores naturais na rua como sempre fazia na infância e não chorei.

Quer dizer na hora não chorei, cliquei e achei fantástica a cena até me chateei por não consegui clicar perfeitamente o momento... Mas depois, quando me reconheci adulta, chorei... Eu já era outra, já tinha sido machucada e entendia perfeitamente que isso não matava, entendia que têm mortes que não é necessariamente um fim, que a natureza tem sua ordem, que apesar da lagarta bravamente se contorcer por dor e por luta, ela estava servindo um proposito maior e não era uma podre azarada que se fodeu. Ela fazia parte de algo maior que não era virar borboleta e alçar voo, era manter a cadeia alimentar, que com certeza não compreendia, mas igual fazia parte de historia dela... Me vi a lagarta por tantas vezes que morri sem entender o por que... Me senti o passarinho, fazendo o que te parecia normal e fundamental para sobreviver... E claro que me vi, eu mesma, entendendo o mundo e como a vida segue.

Eu não era mais aquela de um tempo atrás, e nem ao menos sabia quando havia mudado, quando tudo isso começou acontecer. No fundo sabia que foi um soma do morrer da lagarta e um sobreviver do passarinho.

Minha menina que chorava pela morte de todos os seres me observava e também não chorava mais, pode entender também que estava tudo certo, não sentiu ódio do passarinho, teve compaixão da lagarta, mas aceitou seu fim. Estávamos as duas crescidas. Mas não nós despedimos por isso, apenas, eu cresci e ela continuaria me acompanhando sempre, ela sabia que tinha que estar ali pura, que por mais que eu crescesse, entendesse a vida, jamais, em hipótese alguma poderia esquecer alguns sonhos que nós duas sabíamos e que somente ela poderia mantê-los acessos em mim enquanto eu crescia vida a fora.



Está não minha foto, pois a minha não rolou...

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